Johnny dos Santos

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Ouve-se cada uma... que até parecem duas!

Há coisas que não se explicam, há gajos com uma “lata” que só visto. E é incrível que há ainda quem acredite.
Comecemos pelas declarações do advogado do agente da PSP, Carlos Martinho (33 anos) autor do atropelamento do violinista “Nuno Flores” do grupo “Corvos”. Este Sr. Afirma que o seu cliente só se apercebeu do atropelamento pelos jornais, 2 dias depois, entretanto tentou arranjar o carro que segundo o próprio: “- Tinha batido em qualquer lado e partido um espelho…”Isto raia o absurdo e a pouca vergonha ou é só impressão minha?
Já neste blog está um resumo enorme de como este individuo ultrapassou pela direita, atropelou, fugiu, abandonou as amigas na bomba de gasolina e esteve incontactável durante uma semana durante a qual tentou arranjar o carro….
Matemática! As raparigas denunciaram o agente à GNR, logo, as raparigas viram que tinha sido alguém atropelado… Este Sr. que espero vá parar á cadeia muitos e bons anos devia aproveitar a campanha da idade da “Multiópticas” e comprar uns óculos novos com 33% de desconto. É que se o homem vai preso, com aquela falta de vista, para apanhar um sabonete no duche vai levar 2 dias… e depois espero que haja outro detido que o veja tão bem como ele viu o homem que atropelou, e já agora, que esse detido tenha tanta pena dele como ele teve do homem que deixou estendido na auto-estrada!
Para as almas boas há sempre a hipótese de acreditar que o Sr. achou que a mulher lhe tinha raspado o espelho a estacionar, faltou ao trabalho para arranjar o carro e depois em casa, sentou-se, abriu o jornal e…: “- Que diabo! Queres ver que atropelei alguém?”. Versão só para almas muito caridosas!
Isto, faz-me lembrar as reportagens que são feitas de dentro de bairros como o “6 de Maio” ou a “Cova da Moura”. Homem morto, 2 tiros dentro do café em plena luz do dia. A dona do estabelecimento apresenta um ar tranquilo, a reportagem é rodada dentro de um café com aspecto arrumado e sem clientes, provavelmente fechado. As declarações desta Sra. apontam para aquele ser um café tranquilo onde toda a gente se dá bem e onde nem ninguém suspeitava que uma desgraça daquelas pudesse acontecer. Na rua, os rapazes do bairro dão também entrevistas sobre em como a fama do bairro é totalmente infundada, falam de um ou dois elementos que costumam arranjar confusões mas de resto é um bairro como outro qualquer! Falam das dificuldades e de como todos ali trabalham arduamente para as conseguir ultrapassar…
Mas esperem lá, pára tudo! Mas estamos a falar da mesma “Cova da Moura”? Daquela em que os policias não entram? Aquela que quando lhe fazem rusgas até granadas aparecem? Será que aquilo não é uma reportagem de um bairro em Angola? Se for o bairro lisboeta será que aqueles rapazes moram mesmo lá? Será que está um gajo com uma arma apontada à cabeça dele enquanto ele faz semelhantes declarações? Já sei… O tipo é agente imobiliário!! E a Sra. do café está a tentar não perder a clientela!
Este tipo de reportagens deveria ser proibido, imaginem vocês leitores, os que já passaram para dentro dos limites de um destes bairros, que alguém de fora ouve isto e acredita! Pensa… - Epá…. Amanhã é Domingo, vou pegar nos miúdos e vamos beber um cafezinho naquele sítio, parece tranquilo, só para ver :)

1 comentário:

Anónimo disse...

lol
sim.. excelente ideia!
Levar a família a lanchar ao café central da cova da moura.. :)
Ou então ir comer uns caracóis às Marianas :p

No entanto.. algumas precauções:
Não levar carteira, não levar telemóvel, não levar carro nem as chaves, não levar chaves de casa, não levar roupa.
Colam-se com fita cola 3 ou 4 moedas de 1€ entre as bordas do C*, e levar 1 bastão na mão esquerda.
Na mão direita, carrega-se o maço de tabaco para ir distribuindo uns cigarrinhos pelo caminho a quem os pede.

Se se chegar vivo ao café..
Bom apetite.